Pr. Carlos Eduardo

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quarta-feira, 23 de março de 2011

Um pouquinho de Filosofia Moral

Na antropologia pragmática o destino do ser humano e formação de seu caráter pode ser resumido no seguinte: “o ser humano é destinado através da sua razão a estar em sociedade com outros seres humanos e a se cultivar, a se civilizar e a se moralizar nessa sociedade através das artes e das ciências.” (A 324; Kant, 1996, pp.240-1) Esta civilização conduz ao estágio final da formação que é a moralização, também última instância para o exercício da liberdade. Mas esta, não é uma simples adição da cultura e da civilização, necessária também uma passagem para o reino da liberdade que, logicamente, pressupõe os passos preparatórios da cultura e da civilização. Para Kant, a humanidade está ainda muito distante do estágio final da moralização, pois "vivemos em um tempo de treinamento disciplinar, de cultura e de civilização, mas de modo algum em um tempo de moralização" (UP 451; Kant, 1999, p.28). Para Kant, em última instância, o fim da moralização e, portanto, de toda a educação moral é a formação do caráter do homem para o exercício da liberdade. O primeiro desafio da cultura moral deve ser lançar os fundamentos do caráter do homem livre. Kant está certo, entretanto que o entendimento pleno do estudante sobre o agir por dever somente será possível com o passar dos anos e, assim, sua obediência, a cada dia, será aperfeiçoada. Para formar um bom caráter, é preciso dominar as paixões, não extermina-las, isto impõe a coragem e alguma inclinação. É necessário estar disposto às recusas e à resistência, ainda que não somente com estas que um caráter é formado. Este é formado também na sociabilidade e aqui está o âmbito de atuação do direito junto da religião e educação. Kant acredita que há um tipo de formação que pode ultrapassar as causas naturais e as circunstâncias temporais e chegar ao modo do ser racional finito pensar e fundar seu caráter moral. A formação do caráter só é bem sucedida quando atinge tal objetivo. Dentro da construção do filósofo, o direito seria uma das condições de possibilidade desta educação moral. Na pedagogia moral kantiana, uma das primeiras fases deste processo de moralização implica disciplina, implica uma coerção externa (âmbito de atuação do direito) que se interiorizará ou não.

2 comentários:

Ellen Paulina Costa Oliveira Gaby disse...

Não precisa postar se não quiser nosso amigo pastor ou pastor amigo! Mas concluí ao fazer uma análise de seu perfil, pelos seus textos, que a inteligência ofende as pessoas!Já tinha essa idéia em relação a tudo o que de alguma forma se sobressai, nesse caso a inteligência!
Mas se Deus é por nós, quem será contra nós???

CANTOR MOISÉS VIEIRA disse...

Meu querido amigo e Pastor Carlos, com esse processo eleitoral aprendi a admirá-lo mais ainda! Amo o Senhor e sua familia em Cristo. Conte comigo sempre, abraços!